Normas de redação
Seja claro, preciso, direto, objetivo e conciso. Use frases curtas e evite intercalações excessivas ou ordens inversas desnecessárias. Não é justo exigir que o leitor faça complicados exercícios mentais para compreender o texto.
Construa períodos com no máximo duas ou três linhas. Os parágrafos, para facilitar a leitura, deverão ter cinco linhas, em média, e no máximo oito. A cada 20 linhas, convém abrir um intertítulo.
A simplicidade é condição essencial do texto jornalístico. Lembre-se de que você escreve para todos os tipos de leitor e todos. Adote como norma a ordem direta, por ser aquela que conduz mais facilmente o leitor à essência da notícia.
A simplicidade do texto não implica necessariamente repetição de formas e frases desgastadas, uso exagerado de voz passiva (será iniciado, será realizado), pobreza vocabular, etc.
Com palavras conhecidas de todos, é possível escrever de maneira original e criativa e produzir frases elegantes, variadas, fluentes e bem alinhavadas. Nunca é demais insistir: fuja, isto sim, dos rebuscamentos, dos pedantismos vocabulares, dos termos técnicos evitáveis e da erudição.
Não comece períodos ou parágrafos seguidos com a mesma palavra, nem use repetidamente a mesma estrutura de frase. O estilo jornalístico é um meio-termo entre a linguagem literária e a falada. Em qualquer ocasião, prefira a palavra mais simples.
Só recorra aos termos técnicos absolutamente indispensáveis e nesse caso coloque o seu significado entre parênteses. Nunca se esqueça de que o jornalista funciona com o intermediário entre o fato ou fonte de informação e o leitor. Você não deve limitar-se a transpor para o papel as declarações do entrevistado, por exemplo; faça-o de modo que qualquer leitor possa apreender o significado das declarações.
Procure banir do texto os modismos e os lugares-comuns. Você sempre pode encontrar uma forma elegante e criativa de dizer a mesma coisa sem incorrer nas fórmulas desgastadas