matrizes etinicas
A ILHA BRASIL
A costa atlântica, ao longo dos milênios, foi percorrida e ocupada por inumeráveis povos indígenas. Nos últimos séculos, porém, índios de fala tupi, se instalaram dominadores, na imensidade da área, tanto à beira‐mar, ao longo de toda acosta atlântica e pelo Amazonas acima.
Configuraram, desse modo, a ilha Brasil, pressupondo, no chão da América do Sul, o que viria a ser nosso país. Não era, obviamente, uma nação. Eram uma grandíssima quantidade de povos tribais, cada um dos quais, ao crescer, se bipartia, fazendo dois povos que começavam a se diferenciar e logo se desconheciam e se hostilizavam.
Se a história, acaso, desse a esses povos Tupi uns séculos mais de liberdade e autonomia, é possível que alguns deles se sobrepusessem aos outros, criando chefaturas sobre territórios cada vez mais amplos e forçando os povos que neles viviam a servi‐los.
Nada disso sucedeu. O que aconteceu, foi a introdução no seu mundo de um protagonista novo, o europeu. Um pequeno grupo recém-chegado de além-mar, super agressivo e capaz de atuar destrutivamente de múltiplas formas.
Esse conflito se dá em todos os níveis, como uma guerra bacteriológica travada pelas pestes que o branco trazia no corpo e eram mortais para as populações indenes, pela disputa do território, pela escravização do índio, pela mercantilização das relações de produção, que articulou os novos mundos ao velho mundo europeus como provedores de gêneros exóticos, cativos e ouros.
No plano étnico‐cultural, essa transfiguração se dá pela gestação de uma etnia nova, que foi unificando, na língua e nos costumes, os índios, os negros, e os europeus aqui aquerenciados. Era o brasileiro que surgia, construído com os tijolos dessas matrizes à medida que elas iam sendo desfeitas.
A MATRIZ TUPI
Os grupos indígenas encontrados no litoral pelo português eram principalmente tribos tupi. Somavam, talvez, 1 milhão de índios, divididos em dezenas de grupos tribais, cada um deles