Resenha de Pureza e Perigo de Mary Douglas

Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA
Programa de Arqueologia e Antropologia - PAA
Disciplina: Representações e categorias sociais
Profª.: Ângela Garcia
Discentes: José Ramirez, Diego Darlisson, Laryssa Sousa
Resenha Crítica
Mary Douglas é uma autora nascida do sul da Inglaterra, seguidora de
Durkheim e reconhecida na Antropologia Social e desempenhou vários estudos de religião comparada e análises de instituições. A compreensão, delimitação e desnaturalização das categorias de pureza e impureza, sagrado e profano, limpeza e sujeira, é, digamos, o carro-chefe do seu livro “Pureza e perigo: ensaio sobre as noções de poluição e tabu”. Atos de lavar, escovar, isolar e desinfetar tem somente semelhança superficial com purificações rituais.
Nossas percepções de sujeira também expressam sistemas simbólicos. A diferença entre o comportamento face a poluição em uma e em outra parte do mundo é apenas uma questão de pormenor: sujeira é uma ideia relativa.
As ideias de pureza e perigo são postas como uma analogia que expressa uma visão geral da ordem social. Nosso comportamento diante da poluição diz respeito a ideia que pode confundir ou contradizer nossas classificações. A autora critica os trabalhos de estudiosos que alegavam que os povos primitivos não fazem distinção do sagrado com o impuro; as distinções entre puro e impuro são universais, mas as suas atribuições e as formas de lidar com elas são relativas, como por exemplo os Havik, o uso de excrementos de vaca como é um agente de purificação; a santa Catarina que bebeu um tigela de pus.
No livro de levítico, fica evidente que todas as excreções corporais são consideradas contagiosas, as mulheres devem ser purificadas após o parto e os animais oferecidos em sacrifício não devem ter defeitos. As abominações do levítico, também fazem referências aos alimentos considerados puros e impuros, segundo a bíblia sagrada cristã. A santidade significa a perfeição dos indivíduos e dos seus