Resenha crítica sobre Cultura Brasileira Contemporânea
PURO
Produção Cultural
Cultura Brasileira Contemporânea
Docente: Gilmar Rocha
Discente: Nathália Mascitelli
Resenha sobre Cultura Brasileira Contemporânea
O Brasil, hoje em dia, é considerado um país alegre, país do samba, do carnaval e do futebol. Não entanto, houve um momento em que as representações do caráter nacional eram de uma nação triste e de um exotismo, levando a uma imagem negativa da nação. Isso pode ser relacionado às primeiras experiências de modernização e urbanização no país, na virada do século XIX para o XX.
Todo esse cenário no Brasil, de construção de uma nação na Belle Époque causou uma sensação de exílio de sua própria terra no povo brasileiro. Houve uma tentativa de implantação de uma cultura européia no país, que não condizia com sua realidade, seu clima e condições naturais em geral.
Essa condição do povo brasileiro foi refletiva em na literatura, com o culto da tristeza e da saudade, temas de exílio. No Romantismo, era retratada a figura do índio, buscando uma negação do passado – com a ocultação da escravidão - e levando o índio como um herói fundador da nação. No modernismo, a figura do herói nacional e o malandro (anti-herói), fundem-se na visão de Mario de Andrade, em Macunaíma. No mundo rural, era passada uma imagem de um povo apático, preguiçoso, triste e doente, como em Triste Fim de Policarpo Quaresma. Houve também uma influência de teorias racistas e naturalistas, que consideravam que causas naturais (raça, clima, temperatura) e culturais (meio e educação), como causadores de um povo mal desenvolvido e doente.
Mais tarde, surge a imagem de um povo brasileiro malandro, o “eterno vagabundo”, incorporado por figuras imortalizadas do cinema, do circo, da música, da literatura e do teatro, como Oscarito, Piolin, Renato Aragão, Jeca Tatu: malandros, palhaços e caipiras. Esse cenário tem como partida a chanchada, que foi um tipo de cinema que, entre as décadas de 40 e 60, deu uma visão