Resenha critica: Lixo Extraordinário
Extraordinário acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz
.No início do documentário aparece Muniz declarando sua vontade de fazer uma nova exposição com pessoas que trabalham no maior aterro sanitário do mundo: O Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro em Duque de Caxias (RJ). Chegando lá se surpreendeu, em meio ao mau cheiro a sujeira e até mesmo cadáveres encontrados após uma “guerra” na favela e jogados lá, as pessoas não são depressivas, não tem uma expressão facial triste e sim trabalhavam com sorriso no rosto. Conheceu pessoas de várias idades, trabalhadores honestos e com orgulho do que fazem. O lixo que vai pra lá é separado e vendido inclusive para carnavalescos e os trabalhadores classificam o lixo pelas classes sociais dos moradores.
Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis, cerca de 2500 catadores sendo que funciona no período integral., com o objetivo inicial de retratá - los. No entanto, o trabalho com esses personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugeridos a reimaginar suas vidas fora daquele ambiente. A equipe tem acesso a todo processo e, no final, revela o poder transformador da arte e da alquimia do espírito humano.O fotógrafo e artista plástico Vik Muniz é brasileiro, mas mora em Nova York (EUA). Foi conhecido pelas suas obras feitas com materiais orgânicos e recicláveis, uma forma revolucionária de fazer arte. Foi ovacionado por grandes artistas das obras contemporâneas. O documentário foi dirigido pelos brasileiros João Jardim e Karen Harley e também pela britânica Lucy Walfer, foi lançado no ano de 2010 no Brasil e também no Reino Unido, tem aproximadamente 90 minutos. É um filme sobre arte e sobre pessoas sofridas que trabalham em um lixão.
Tião, Zumbi, Valter, Suellem, Isis, Irmã e Magda são alguns dos personagens do documentário e também dos retratos