Resenha crítica do filme lixo extraordinário
No início do documentário aparece Muniz declarando sua vontade de fazer uma nova exposição com pessoas que trabalham no maior aterro sanitário do mundo, Jardim Gramacho. Ele se desloca até Duque de Caxias (RJ) onde trabalham 2500 catadores sendo que funciona no período integral. Chegando lá se surpreendeu, em meio ao mau cheiro a sujeira e até mesmo cadáveres encontrados após uma “guerra” na favela e jogados lá, as pessoas não são depressivas, não tem uma expressão facial triste e sim trabalhavam com sorriso no rosto. Conheceu pessoas de várias idades, trabalhadores honestos e com orgulho do que fazem. O lixo que vai pra lá é separado e vendido inclusive para carnavalescos e os trabalhadores classificam o lixo pelas classes sociais dos moradores.
Tião, Zumbi, Valter, Suellem, Isis, Irmã e Magda são alguns dos personagens do documentário e também dos retratos e obras de arte expostas. Destaque no filme para Tião que gosta da teoria de Maquiavel e Yalom, foi à capa do DVD fotografado numa banheira em meio ao lixo e também foi para Londres com o Vik no leilão dos quadros, o primeiro vendido por R$ 100.000,00. Valter um senhor de idade ficou famoso pela seguinte frase “99 não são 100”, sem estudo Valter trabalha a 26 anos de catador e é vice-presidente da associação do Jardim Gramacho. Zumbi cata todos os livros que vão parar no lixão que não são poucos. Vik Muniz tirou as fotografias usando o lixão como cenário e com a ajuda dos