Lixo estraordinario
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RESENHA CRÍTICA DO DOCUMENTÁRIO LIXO EXTRAORDINÁRIO (WASTE LAND) DIRIGIDO POR LUCY WALKER.
Francisco Bandeira da Costa Neto O documentário Lixo Extraordinário conta a história de uma façanha do artista plástico brasileiro Vik Muniz, capaz de retirar obras primas de arte donde a maioria das pessoas só vê resíduos inaproveitáveis e uma sociedade discriminável e abandonada. O que muitos não sabem é que em tais situações, ele encontra uma gente digna, batalhadora e feliz - na medida do possível. Muniz, a priori, lança dois grandes desafios: transformar em arte uma parte da reciclagem retirada do aterro sanitário Jardim Gramacho situado em Duque de Caxias no Rio de Janeiro; e transformar a vida das pessoas que o ajudassem naquele propósito, uma vez que as mesmas trabalham como catadoras. É contagiante, no decorrer dos relatos, o carisma das pessoas que sustentam suas famílias com o material reciclado do lixão, a emoção está presente na maioria das cenas e proporciona a sensação de superação e bravura que deixa os expectadores intrigados no decorrer dos acontecimentos. A intenção era mudar a vida dessas pessoas e proporcionar-lhes um futuro com mais oportunidades e com melhores condições sociais, mas tudo foi muito além. Vik mudou e também foi mudado, entregou-se à causa e participou de cada etapa do projeto com empenho profissional e sentimental. Cronologicamente, o processo contou com as fotografias de alguns catadores, escolha e cata de materiais recicláveis do lixão - necessários e importantes à montagem -, a ida de todos a um grande galpão junto de toda a mercadoria, e fazer das fotografias uma montagem com os objetos nas projeções das imagens no solo do prédio. No término, a fotografia dos objetos minuciosamente colocados nas imagens ficou simplesmente perfeita. Como prova da excelência do trabalho, as obras foram