Queima de sutiãs
Cansadas de tanta opressão, algumas corajosas mulheres resolveram sair à rua e lutar por mais dignidade. Movimentos de protestos já acorriam desde a antiguidade quando mulheres lutavam em defesa de outras mulheres, porém tais protestos só se fortaleceram nos últimos séculos.
Iniciou-se com mais ênfase no contexto da Segunda Guerra Mundial (1939-1945)/ Revolução Industrial, quando o deslocamento dos homens para o exército acarretou a inserção da mulher no mercado de trabalho, a fim de substitui-los.
Ao término da Revolução Francesa, por exemplo, em meados do século XIX, os homens exigiram que as mulheres deveriam voltar para casa. Como elas se negaram, até mesmo devido à grande sensação de liberdade que emanava pelas ruas, muitas acabaram sendo mortas.
Após esses acontecimentos, o movimento tomou força e chegou aos Estados Unidos. Durante a década de 1970, a luta pela liberdade feminina ficou marcada por uma manifestação que chamou muito a atenção e que se tornou emblemática.
O episódio conhecido com Bra-Burning, ou em português ‘a queima dos sutiãs’, foi um protesto com cerca de 400 ativistas do WLM (Women’s Liberation Movement) na realização do concurso de Miss America em 7 de setembro de 1968, em Atlantic City, EUA.
Com o objetivo de acabar com a exploração comercial realizada contra as mulheres, as ativistas se aproveitaram do concurso de beleza que era tido como uma visão arbitrária e opressiva em relação às mulheres. Assim, elas colocaram no chão do espaço, sutiãs, sapatos de salto alto, cílios postiços, sprays de laquê, maquiagens, revistas, espartilhos, cintas e outros objetos que simbolizavam a beleza feminina.
Embora a ‘queima’ propriamente dita nunca tenha ocorrido, a atitude das manifestantes foi incendiária. Este nome “queima dos sutiãs” foi dado pela mídia.