A felicidade para os filosofos
A filosofia que investiga e se dedica para definir e esclarecer as idéias do ser humano é excelente para refletir sobre a felicidade. E as primeiras reflexões de filosofia sobre ética continham o assunto felicidade, na Grécia antiga.
A mais antiga referência de filosofia sobre esse tema é o fragmento do texto de Tales de Mileto, este que viveu entre 7 a.C. e 6 a.C. Para Tales, ser feliz é ter corpo forte e são, boa sorte e alma formada.
Para Sócrates essa idéia teve rumo novo, ele postulou que não havia relação da felicidade com somente satisfação dos desejos e necessidades do corpo, mas que o homem não é apenas corpo, e sim em principal, alma. Felicidade seria o bem da alma, através da conduta justa e virtuosa.
E já para Kant, a felicidade está no âmbito do prazer e desejo, e não há relação com Ética, logo não seria tema para investigar de maneira filosófica. O argumento de Kant teve efeito, pois esse assunto sumiu das obras das escolas de filosofia sucessoras.
Mas ao que cerca a língua inglesa, na época de Kant, a felicidade teve destaque no pensamento político e a busca pela mesma passou a ser “direito do homem”, e isso é consignado na Constituição dos Estados Unidos da América, de 1787, redigida de acordo com o Iluminismo.
No século 20, surge uma nova reflexão sobre o tema do inglês Bertrand Russel com a obra A Conquista da Felicidade, com método da investigação lógica; para Bertrand, por síntese, ser feliz é eliminar o egocentrismo.
E em 1989, Julián Marías, espanhol e filósofo dedicou o livro importante A Felicidade Humana, com esse tema. No livro é estudada a história desse conceito, desde a Antiguidade até dias atuais; há destaque para ausência da reflexão filosófica sobre o conceito da felicidade contemporânea, que