A Felicidade Para alguns Filosofos
Para Sócrates o "conhece-te a ti mesmo" é a chave para a conquista da felicidade. Para Platão a noção de felicidade é relativa à situação do homem no mundo, e aos deveres que aqui lhe cabem. Para
Aristóteles a felicidade é mais acessível ao sábio que mais facilmente basta a si mesmo, mas é aquilo que, na realidade, devem tender todos os homens da cidade.
No âmbito do Velho Testamento, a felicidade centrase na aquisição dos bens mais elementares como comer, beber e viver em família e no temor a
Iahweh, que eqüivale à atitude religiosa do homem.
Na dimensão do Novo Testamento, a felicidade está nas bem-aventuranças prometidas por Jesus.
Plotino (204-270) afirma que a felicidade do sábio não pode ser destruída nem pelas circunstâncias adversas nem pelas favoráveis. Santo Agostinho
(354-430) entende a felicidade como o fim da sabedoria, a posse do verdadeiro absoluto, isto é, de
Deus. Tomás de Aquino (1225-1274), na Suma
Teológica, utilizou a palavra "beatitude" como equivalente à "felicidade" e a definiu como "um bem perfeito de natureza intelectual". Kant (1724-1804) julga que a felicidade faz parte do bem supremo o qual é para o homem a síntese de virtude e
felicidade. Bentham (1748-1832) e Stuart Mill ( 17731836) retomaram como fundamento de moral a fórmula de Beccaria: "A maior felicidade possível, no maior número de pessoas". (Abbagnano, 1970)
Este escorço histórico culmina com a nossa época atual em que os valores legítimos da verdadeira felicidade estão ameaçados pelo consumismo e globalização do mundo econômico. A globalização traz a padronização em termos mundiais, nem sempre factível com os hábitos culturais de determinados países. O consumismo faz com que o homem tenha necessidades imaginárias que mais atrapalham do que o auxiliam a realizar-se plenamente. 4. PROBLEMA DA FELICIDADE
4.1. BEM PROCURADO POR TODOS OS
VIVENTES
A ausência de todo o mal e fruição de todo o bem é
a