TORNEIO DAS
A “Queima dos sutiãs” em Atlantic City. Imagem da web.
Essa é uma daquelas mentiras que, de tanto se repetir, virou “verdade”. A queima pode não ter acontecido, mas a repercussão do fato foi incendiária. A atitude daquelas mulheres de Atlantic City foi um dos pontos responsáveis pela onda de manifestações que iriam irromper em diferentes cantos do mundo durante a década de 1970 – entre elas, verdadeiras queimas de símbolos femininos de opressão. Era crescente o número de movimentos sociais que insurgiam na luta contra o sexismo, o racismo, o militarismo. De lá para cá, a luta das mulheres pela igualdade social e legal e pela libertação feminina ganhou cada vez mais força. A partir dos anos 1990, com a popularização da internet, o feminismo – assim como outros movimentos sociais – passou a inserir-se na rede e, através dela, mobilizar pessoas para manifestações referentes às suas causas.
“Libertar dos padrões que durante milênios foram construídos como naturais”
O surgimento de ideias e escritos sobre a condição submissa da mulher data do século XV. No entanto, o feminismo – como movimento de reivindicação dos direitos da mulher – remonta aos últimos anos do século XVIII, durante a Revolução Francesa, na qual floresciam os ideais iluministas