Resenha Critica Dialética
No capítulo um do livro “Marx e a Teoria Social Moderna”, de Alan Swingewood discuti a dialética. O principal objetivo do autor é analisar o que se quer dizer com “o ponto de vista dialético” e “uma teoria da sociedade dialética”, com opiniões conflitantes apresentadas no ocorrer do texto.
Na teoria social de Marx, o mesmo desenvolveu uma metodologia marcada para a análise das estruturas sociais, econômicas e políticas, reunindo dois conceitos que se relacionam, a dialética e a totalidade. A teoria social de Marx, portanto, caracteriza-se pelo preceito de que a sociedade é feita pelos homens, e não dada, que seria uma realidade com processo imutável, pois já que a sociedade é feita, então o conhecimento dela não pode ser considerado simplesmente como um reflexo ou imitação das “realidades” objetivas. Foi Engels quem tratou sistematicamente à dialética. Segundo ele, a dialética nada mais é do que processo e mudanças que ocorrem pelo meio de contradições e desenvolvimento para estágios mais complexos, através de luta dos opostos, gerando um movimento, e sempre uma unidade de elementos contraditórios, e não uma evolução homogênea ou numa linguagem mais hegeliana, é a negação da negação. Depois de várias contradições sobre a dialética o autor parte para a análise inicial, pois é evidente que o pensamento dialético não se originou com Hegel, Marx e Engels. O conceito da dialética é antigo, originou das palavras gregas “dia” e “logos”, que se referem a uma forma de raciocínio que procura conciliar duas situações conflitantes e contraditórias. Sendo dominada pelos conceitos de mudanças, movimento e processo. Mas do ponto de vista da teoria social a aplicação da dialética à sociedade e à história é de origem bem recente.
Swingedwood ressalta que a análise dialética não trabalha com abstrações falsas, morais e arbitrárias como os