Resenha com Argumentos Os Professores como Intelectuais
“Ser professor” e “ser pesquisador” são tidos como duas coisas diferentes pelas pessoas, em qualquer sociedade. Professor é quem guia os alunos, domina certo conhecimento, e é visto como uma pessoa autoritária em sala de aula, que tem que fazer tudo e cuidar de tudo, muitas vezes, tendo sua humanidade deixada de lado, enquanto que ser pesquisador é alguém que é especialista em determinado assunto, que está sempre certo, e até mesmo atribuímos certa “loucura” à sua imagem. Um pesquisador busca conhecer como as coisas funcionam, e o professor repassa esse conhecimento para a sala. É como se fosse uma cadeia, onde começa no pesquisador, e termina no professor. Então, o professor seria alguém que só passa conhecimento, que não busca responder nenhuma pergunta? E o pesquisador, é alguém isolado da realidade? É possível “ser professor” e “ser pesquisador” ao mesmo tempo?
Essa “separação” entre professor e pesquisador tem gerado várias discussões em sala de aula, e isso inclusive reflete na qualidade do trabalho de ambos. Afinal, se o professor é alguém que só passa conhecimentos, como ele consegue entender teses tão complexas, e facilitá-las para os alunos, que estão tão distantes da sua realidade e da dos alunos? O pesquisador realmente precisa fazer teses tão complexas, e privadas a certo grupo de pessoas? Como aproximar o professor das teses do pesquisador, e o pesquisador da realidade do professor?
Simples, um bom pesquisador tem que ser um bom professor! Um bom pesquisador não é alguém que só estuda e analisa os fatos, mas sim alguém que, além de elaborar teses, consegue dar exemplificar e facilitar o acesso a toda essa informação, de forma simples, e objetiva, usando fatos da rotina das pessoas. E quem melhor pra saber como é a rotina das pessoas em diferentes idades, do que um professor? Ele está sempre em contato com os tipos de pessoas que mais sofrem com a sociedade em que vivem que no caso, seriam as crianças e os