Resenha - Casa Grande e Senzala
1240 palavras
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Gilberto Freyre inicia o prefácio descrevendo seus primeiros momentos de viagem, onde toma a decisão de sair em exílio, no qual, após passagem pela Bahia, foi diretamente para Lisboa, Portugal. Certo tempo após sua chegada, o autor recebe um convite para ser um “visiting professor” na Universidade de Stanford, o qual aceitou de imediato, já que este tinha certa intimidade com os Estados Unidos. Primeiramente, por estudar bastante o sul estadunidense, já que este tinha uma economia muito parecida com a brasileira colonial na época e, segundo, porque foi lá onde Freyre cursou toda sua graduação, na Universidade de Columbia. Lá, também, foi onde ele conheceu pessoas que o iriam influenciar muito em seus inscritos, entre eles Franz Boas, seu professor, que teve uma influência muito marcante. Franz Boas seria o primeiro a influenciar Gilberto Freyre na questão de que a diferença da pele tem a sua importância nas questões sociais. Anteriormente, pelo o que este descreve em um curto parágrafo do prefácio, Freyre cita “the fearfully mongrel aspect of most of the population” (numa tradução literal, “o medonho aspecto mestiço da maioria da população”) ao ver marinheiros mulatos e cafuzos, o que deixa claro seu pensamento pela desvalorização de outra “raça” que não seja a europeia. Ao passar a conhecer mais seu professor, Franz Boas, Freyre logo começa a perceber que as diferenças genéticas não têm nenhuma relação factual com as diferenças econômicas e culturais impostas pelas sociedade ali existente na época. Passa-se a admitir, então, a influência que a estrutura econômica na época, então escravocrata e latifundiária, tem sobre a cultura e, consequentemente, no preconceito com mulatos e cafuzos. É a partir desse conhecimento, então, que Freyre começa a formar seu pensamento de que a miscigenação foi, sim, importante para a continuação da ocupação territorial portuguesa no Brasil, já que na época tinha-se uma minoria branca e uma maioria negra e mulata. As relações