Casa Grande & Senzala Resenha
FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala: Formação da família brasileira sobre o regime da economia patriarcal. São Paulo: Editora Global. 47ª Ed. 2003. 719p.
Emanoel Firmino Lima da Silva*
*Graduando do Curso de Licenciatura Plena em História pela UFAL
Credenciais do autor
Gilberto Freyre, nascido em 1900 viveu até os 87 anos de idade. Dedicou-se a textos ensaísticos sobre a origem social do Brasil. É considerado um dos maiores sociólogos do século XX. Dentre suas honrarias foi nomeado Sir pela rainha da Inglaterra. Diplomata brasileiro era dedicado a diversas atividades tais como pintura e desenho. Sua obra mais conhecida é Casa Grande e Senzala escrita em 1933. Educado fora do pais, Freyre dedicou-se a escrever estritamente sobre seu pais, entre suas obras outras muito importantes como Sobrados e Mucamos 1936, O mundo que o português criou 1940 e Brasil, Brasis e Brasília 1957.
Apresentação da obra
A fácil adaptação do ibérico nos trópicos foi elemento essencial para o sucesso da colonização. Sendo o português já hibrido de árabe e africano é para Freyre premissa para uma fácil estabilização da colônia. A obra nos traz em seus primeiros capítulos a herança do perfil psicossocial do português para nossa atual sociedade. Junto ao português a indígena ganha espaço no pedaço que lhe cabe das heranças culturais do brasileiro. Desde os hábitos alimentares, nosso gosto por jogos passando pelo bicho papão e hábitos de higiene. A importância da mulher indígena na sua sociedade nativa e também para o projeto de colonização do europeu. Lembra-nos também da influencia deletéria da cultura portuguesa que desintegrou grande parte da cultura indígena, influencia essa que agarra a criança indígena e molda a nova geração de homens artificiais.
A miscigenação dos portugueses com os indígenas foi bastante intensa, pois tinham certa tendência pela mestiçagem, devido sua história de antes da colonização além do fascínio pela mulher exótica