Resenha Barthes
Aula
(Roland Barthes)
O poder da língua
Livro: BARTHES, Roland. Aula. São Paulo: Cultrix, 1996.
Barthes nasceu em Cherbourg, na França, em 1915, e deu início a sua carreira como professor.
A partir anos de 1950 começou a ser notado como ensaísta literário originalíssimo, crítico de teatro e autor de crônicas ferinas na qual analisava os mitos da sociedade francesa contemporânea. Nos anos de 1960, tornou-se orientador de pesquisas na École Pratique dês Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris, onde se notabilizou como um dos representantes mais famosos do estruturalismo (Elementos de semiologia, Crítica e verdade, Sistema da moda).
Trata-se de um texto que aborda as relações de poder estabelecidas pela língua em oposição à liberdade concedida pela literatura.
Barthes começa a aula elogiando o Colégio de França, dizendo que é um colégio onde existe liberdade para ensinar, um lugar que pode ser dito rigorosamente: fora do poder. E continua com a assertiva de que a língua pode, em uma mensagem, significar muito mais do que foi dito, como por exemplo, num texto irônico. E continua ainda enfatizando que a semiologia seria aquele trabalho que recolhe o impuro da língua, o refugo da linguística, a corrupção imediata da linguagem.
Barthes foi feliz em suas assertivas, pois alguns discursos ficam subentendidos, e passam uma mensagem com compreensão muito mais nas entrelinhas do que nos próprios enunciados que estão sendo explícitos.
Além disso, Barthes afirma que a literatura é o espaço de liberdade que criamos quando enganamos a própria língua. Dessa forma, pode-se dizer que é correto afirmar que dentro da literatura o impossível se torna real, pois nela pode-se ultrapassar as barreiras da linguagem e extrapolar qualquer regra, em nome da arte. Um aspecto muito interessante na literatura, é que nela, é possível dizer tudo o que se deseja (um exemplo disso são as histórias fictícias) e mais do que isso, pode-se