Resenha crítica do livro aula de roland barthes
Resenhado por Kaline Bezerra de Lima.[1]
Roland Barthes foi semiólogo francês, teórico da ciência dos signos e símbolos elaborada com base em Ferdinand de Saussure, estudante da estrutura da linguagem. Nasceu em Cherburgo e estudou em Paris. Formou-se em letras clássicas (1939), gramática e filologia (1943). Manifestou-se contra a crítica literária tradicional e os valores da sociedade burguesa e sobre as arbitrariedades da construção da linguagem. "O texto não é a expressão da personalidade de um autor, mas um sistema de signos interpretáveis" escreve em A Torre Eiffel (1964), sendo que seu trabalho sofre influência de Jacques Lacan, Michel Foucault e Jacques Derrida e é estudado não só na França, mas ainda na Europa e nos Estados Unidos. No entanto, é apenas com seus dois últimos livros que consegue reconhecimento não só como crítico, mas também como escritor: em 1975, com a autobiografia Roland Barthes por Roland Barthes, e, em 1977, com Fragmentos de um Discurso Amoroso, obra popular que vende mais de 60 mil exemplares na França e que comenta as dores de amor. O livro intitulado Aula: Aula inaugural da cadeira de semiologia literária do colégio de França propõe questões, sobretudo aos falantes, onde a compreensão do processo de poder da linguagem no uso cotidiano é de fundamental importância a todos nós usuários da língua, tanto os intelectuais quantos os menos favorecidos intelectualmente, a fim de que possamos refletir sobre a maneira mais adequada de discorrer, de forma que a fala seja significativa aos seus ouvintes. É relevante salientar também que o discurso é colocado como um desafio ao leitor, pois, apresenta uma forma tanto de servidão, quanto de poder. Ao falar em linguagem, esse livro de Barthes revela-nos, que o aparentemente, poder da língua e sua aprendizagem é mais do que decifrar signos, é muitas