letras
A câmara clara
O texto de Roland Barthes “A câmara clara” discorre sobre o trabalho fotográfico amador e profissional, tanto de quem é fotografado como do individuo que captura a imagem. Barthes defende em seu texto que a fotografia é inclassificável, acredita-se que este fato ocorra devido a dualidade e o aspecto de ordem e desordem que são características do autor.
A fotografia proporciona sensações no indivíduo quando ver sua imagem no papel e tem a oportunidade de lembrar e mostrar para os outros as situações vividas, ou seja, um registro de momentos da vida que consegue passar diferentes leituras para o observador do objeto. Segundo Barthes, não há foto sem alguma coisa ou alguém, assim toda foto necessita de um objeto o que pode ser relacionado com a teoria de Barthes, que no seu texto explana que toda imagem mesmo vazia tem algo a ser estudado, que significa a transformação de tudo em objeto. Todo objeto pode ser fotografado e transmitir sensação, reflexão e as mais variadas possibilidades de leitura.
O texto “A câmara clara” pode ser relacionado com o texto de Evelina Hoisel “A leitura do texto artístico”, pois ambos defendem que o leitor é o construtor de sentidos, além de que este leitor pode pluralizar, construir e descontruir esse texto que é visto como uma malha significativa que não existe leitura única e insignificante. O texto de Barthes semelhante ao texto de Hoisel aborda que toda e qualquer imagem é uma construção, assim a imagem fotográfica produz diferentes significados ao leitor, que pode envolver a individualidade na leitura do objeto observado.
A fotografia quando esperada causa mudanças corporais o que foge da naturalidade, pois momento inesperado da captura de uma imagem pode transmitir muito mais informações do que a fotografia planejada. Barthes acredita que a foto quando planejada esconde o “eu”, pois não produz diferentes sensações, diferente da foto natural que mostra algo mais neutro, leve e consegue uma