Serpa Pinto
Ingressou no Colégio Militar com dez anos e aos dezassete tornou-se no seu primeiro Comandante de Batalhão aluno.
Serpa Pinto viajou pela primeira vez até à África oriental em 1869 numa expedição ao rio Zambeze. Em 1877 explorou a zona da costa oeste de Angola , integrando uma expedição que partiu de Benguela (Angola). A sua jornada terminou em 1879 e atravessou as bacia do rio Congo e do Zambeze, Angola e partes das atuais Zâmbia, Zimbabwe e África do Sul. A expedição de Serpa Pinto tinha como objectivo fazer o reconhecimento do território e efetuar o mapeamento do interior do continente africano, para preparar a entrada de Portugal na discussão pela ocupação dos territórios africanos que até então apenas utilizara como entrepostos comerciais ou destino de degredados. A «ocupação efetiva», sobre a ocupação histórica, determinada pelas atas da Conferência de Berlim (1884-1885) que obrigou o Estado Português a agir no sentido de reclamar para si uma vasta região do continente africano que uniria as províncias de Angola e Moçambique através do chamado "mapa cor-de-rosa". Esta intenção falhou após o ultimato britânico de 1890, o «incidente Serpa Pinto», já que nela interveio o explorador, ao arrear as bandeiras inglesas, num espaço cobiçado e monitorizado pela rede de espionagem do Reino Unido, junto ao lago do Niassa.
A aventura de Serpa Pinto, travessia solitária e arriscada, moldaram a imagem de um homem intrépido que concedeu ao militar uma aura de heroicidade necessária às liturgias cívicas e às celebrações dos feitos passados, quando Portugal atravessava uma grave crise política e moral. Nesse sentido a sua figura foi explorada como o novo herói, das novas descobertas que já não passavam por