Ultimato Ingl S1
Divergências Políticas
Vanessa Gouveia nº 41015
Licenciatura em Estudos Portugueses
Cadeira de Cultura Portuguesa do século XIX
Prof. António Martins Gomes
Introdução
O tema deste trabalho foi escolhido a fim de estudar a fundo e desenvolver os conhecimentos políticos sobre esta época na história de Portugal e de ter uma noção do que foi o Ultimato Inglês.
Abordarei não só as causas que levou o Governo Britânico a praticar tais actos, mas também as consequências que advieram posteriormente, mencionando alguns aspectos das terras coloniais, principalmente, Moçambique.
Não é inteiramente baseado num só livro, tendo, assim, uma maior informação cultural e politica. Apesar da importância que o ultimato teve na história portuguesa, o que aparenta é que para o Reino Unido foi algo pequeno, ou, como descreve David Birmingham, “A questão do Ultimato pode ter sido de importância menor para a Grã-Bretanha, (…) como pode ter feito pouco diferença para os povos da Zambézia, (…) mas para Portugal o Ultimato significou um choque profundo.”
A ausência do Ultimato na história diplomática britânica é algo curioso, tal como a pouca informação do acontecimento por parte de autores e historiadores Ingleses. E, nas poucas obras de autores Ingleses e historiadores Britânicos que escreveram um percurso histórico que inclui essa data, dando o exemplo de “ Cambridge History of British Foreign Policy 1866-1919”, o ultimato é, de facto, mencionado, embora a importância para os Britânicos seja mínima.
Na década de 70 do século XIX, na altura em que reinava D. Carlos I, o Governo português vigiava qualquer avanço de povos europeus nos territórios africanos, pois tinha consciência das condições favoráveis para a expansão colonial e do poder económico que, com isso, Portugal poderia vir a ganhar. Em 1879 assinou-se o Tratado de Lourenço Marques, tratado este aproveitado pelas oposições progressista e republicana contra o Governo regenerador, pois admitia o