Resenha "Aula" Roland Barthes
FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO
BIB02477 – LABORATÓRIO DE CRIAÇÃO – TURMA A (2015/2)
RESENHA DO TEXTO “AULA” DE ROLAND BARTHES
O texto em questão se trata da fala de Roland Barthes em sua aula inaugural de sua cadeira de semiologia literária no Colégio de França. Durante a fala, Barthes irá tratar das relações de poder e sua presença no ambiente literário, trazendo forças e artifícios da literatura que permitem a fuga da língua. Nesse âmbito, apresenta aspectos que caracterizam o conceito de semiologia que fornece subsídios para tal ação. Inicialmente, são apresentadas as formas de poder e a sua existência ao longo dos anos, é classificado na modernidade por meio de uma partição entre aqueles que “têm” e os que não “têm”. Pensando por esse lado, estaria se tratando unicamente de um objeto, de poder monetário e essa não é a posição defendida pelo professor. O poder é dito como um objeto ideológico, não estando presente unicamente no estado, está alocado em todas as classes, em todos os grupos, em modas, opiniões correntes, espetáculos, jogos, esportes, informações, relações familiares e privadas e inclusive em ações que buscam a libertação e a contestação do dito poder. É defendido que essa força é inerente à nossas vidas de forma atemporal. Não se pode extinguir o poder, se é expulso de um local reaparece em outro. Roland Barthes (1977) explica esse fenômeno dizendo que
O poder é o parasita de um organismo trans-social, ligado à história inteira do homem e não somente à sua história política, histórica. Esse objeto em que se inscreve o poder, desde toda a eternidade humana, é: a linguagem – ou, para ser mais preciso, sua expressão obrigatória: a língua. Após apresentar a língua como um objeto de alienação do poder ao homem, Barthes relata uma relação de dependência e impossibilidade de fuga do homem com tal artifício, classifica a língua nem como um artifício reacionário nem como progressista, diz que ser