RESENHA: Arquitetura da Destruição
O Documentário descreve a trajetória de Adolf Hitler e de alguns de seus mais próximos colaboradores, com a arte. Revela uma outra face do nazismo: aquela que colocava a arte como elemento determinante da grandeza de uma época, de um regime e de um povo, para fins políticos e decisões do Estado, como ponto principal para definir o destino do Homem. Hitler, era um apaixonado por expressões artísticas, sua obsessão pela arte, pelo ideal de beleza, pela perfeição, era estampada nos corpos e nos desfiles militares, exemplificando a articulação entre o ideal estético nazista e a perseguição aos judeus, porém não obteve muito sucesso como produtor artístico sendo considerando assim basicamente um pintor frustrado que sonha em ser arquiteto. Traçou os planos arquitetônicos para a nova Berlim, a nova Alemanha, que deveria ser a capital do mundo, como fora Roma na antiguidade. Muito antes de chegar ao poder, o líder nazista sonhou em tornar-se artista, tendo produzido várias gravuras, que depois foram utilizadas como modelo em obras arquitetônicas.
Para tanto, ele tinha uma profunda admiração pela antiguidade, pela estética perfeita das artes greco-romanas. A sua predileção pela arquitetura faraônica é exposta como fonte de inspiração para a formulação e desenvolvimento do regime e dos ideais nazistas (grande uso publicitário, embelezamento do mundo, criação de um novo homem). Foram inaugurados espaços como os museus, por exemplo, reunindo variadas formas artísticas, materializando anseios sociais do ser humano.
O arquiteto da destruição, Hitler, tinha grandes pretensões e queria dar uma dimensão absoluta à sua megalomania. O nazismo tinha como princípio fundamental embelezar o mundo, nem que para isso tivesse que destruí-lo.
Numa época de grave crise, no período entre guerras, a arte moderna foi apresentada como degenerada, relacionada ao bolchevismo e aos judeus. Para os nazistas, as obras modernas distorciam o valor