Resenha - Arquitetura da destruição
Hitler sempre se utilizou dos meios de comunicação de massa, com uma linguagem popular que conquistou seus ouvintes, fazendo com que a ideia de que só deveria haver arianos no mundo fosse disseminada facilmente. Como cita Wolf, os meios de comunicação de massa podem ser considerados um sistema de intervenção cultural, e/ou de confronto político. Na ‘’ era Hitler’’, provou-se exatamente isso.
Voltando ao documentário, é interessante analisar a forma como Hitler pensou estar fazendo algo incrível e lindo, construindo maravilhas, quando na verdade só estava afundando ainda mais o país. Irônico pensar que um homem culto e apaixonado por arte e arquitetura possa ser o mesmo que mandou matar friamente milhares de pessoas. Certas vezes o documentário parece querer transmitir uma imagem diferente de Hitler, mostra-lo como um homem ‘’ bonzinho’’, porém incapaz de ver beleza em obras e coisas que não fossem alemãs. O filme relata o que realmente aconteceu na época da Guerra, fato ainda não feito em outros filmes, americanos por exemplo, onde Hitler era sempre o estereotipado como mau e o americanos como bons.
O filme também nos faz refletir a respeito de quem realmente era culpado na história do genocídio dos judeus, se era o cara da câmara de gás, os médicos, as enfermeiras ou os soldados. No fim chegamos à conclusão de que todos esses eram apenas ‘’ capachos’’ de Hitler, estavam apenas seguindo ordens, enquanto colocavam a culpa em um sistema criado pelo führer, sem perceber que estavam todos inseridos nesse sistema, sem ter pra onde ir.
O nazismo, o que fica claro no documentário, tinha como objetivo principal embelezar o mundo, nem que para isso tivesse que destruí-lo, como o fez. A obsessão de Hitler pelo belo e todo o poder que lhe foi concedido não combinaram e resultou em