resenha a arquitetura da destruição
Hitler é apresentado como um amante da arte e um de seus objetivos era o embelezamento e melhoramento arquitetônico de Berlim. Um de maiores desejos do líder nazista era construir prédios iguais ou superiores em beleza e imponência àqueles erigidos pelas antigas civilizações grega e romana. Essa fixação em história antiga também exerceu influência em suas táticas de guerra, como a destruição total das cidades de seus inimigos. Em alguns momentos estas estratégias chocavam-se com seu amor pela arte, como foi o caso de Paris, que Hitler se recusou a destruir. Afirmou, no entanto, que quando a nova Berlim estivesse pronta, Paris seria apenas uma sombra.
De acordo com a propaganda nazista, a arte moderna era o símbolo da degeneração física e moral ligada os judeus e comunistas, que deveria ser eliminada. Comparações foram feitas entre obras de arte moderna e registros fotográficos de deformidades físicas e exposições foram organizadas para mostrar ao público a “arte degenerada” e como deveria ser a “arte sadia”.
Essa influência da arte ligou-se a um padrão de estética e higiene que deveria ser seguido por todos. Basicamente, os prédios de fábricas e usinas deveriam passar por reformas a fim de ser embelezados e os funcionários aprenderiam rígidas noções de higiene.
Infelizmente, estas medidas estéticas e higienizadoras ganharam um caráter mais sombrio ao serem usadas como justificativa para a eliminação das minorias. Os judeus, dentre outros povos, foram igualados a vermes e bactérias, que deveriam ser eliminados para se atingir a saúde da sociedade.
Por outro lado, para Hitler, o despertar estético seria o princípio do fim das lutas de classe, visto que um povo bonito e saudável não lutaria entre si, e sim por um objetivo comum. Tudo pelo bem maior: a beleza e saúde da Nova Alemanha. A