Resenha Amarga Solidão
Melissa Coelho1
Orlando Geraldo Rêgo de Carvalho nasceu em Oeiras no Piauí, no dia 25 de janeiro de 1930. Bacharel em Direito, foi professor e é funcionário aposentado do Banco do Brasil, O. G. Rêgo de Carvalho integrou o Grupo Meridiano e pertence à Geração 45. Juntamente com o poeta H. Dobal e o crítico M. Paulo Nunes, lançou em 1949 a revista "Caderno de Letras Meridiano", um marco dentro do Modernismo Piauiense, segundo os críticos. É ocupante da cadeira número 6 da Academia Piauiense de Letras. Estreou como escritor em 1953, com a novela Ulisses Entre o Amor e a Morte. Tem publicações em várias revistas literárias do país. Além deste, também lançou Amarga Solidão (1956), Rio Subterrâneo (1967), Somos Todos Inocentes (1971), Como e Por Que Me Fiz Escritor (1989) e Ficção Reunida (2001).A despeito de ter produzido uma obra quantitativamente pequena, é considerado uma das figuras mais expressivas da moderna literatura brasileira.
A obra Amarga Solidão é dividida em acontecimentos sucessivos da história de José, seus títulos são nomeados com acontecimentos importantes das situações apresentadas nas 31 páginas.
José era um padre recém ordenado que voltara a Oeiras, ao fim da missa quando os fiéis foram beijar-lhe as mãos impressionou-se com uma moça por sua beleza e gestos simples, a princípio tratavam-se cortês e discretamente, mas depois sentiu o padre que sua presença a vinha inquietando.Cedeu à paixão e teve que casar com Anita, a moça, e deixar de seguir como padre (deixar a batina). Depois de casado José não acostumara-se com a vida que levara, o trabalho era cansativo e a mulher o evitava. Anita sentia-se afastada do marido e suponha que José sentia-se infeliz com o casamento. Uma noite o viu fazendo orações durante a madrugada desconfiava de seu amor. Anita estava grávida e um filho para ele nessas condições era um tormento. Mesmo com a relação desgastada tentaram continuar, mas perceberam