Resenha Adam Smith
DA DIVISÃO DO TRABALHO
O maior acréscimo dos poderes produtivos do trabalho e grande parte da perícia, destreza e bom senso da sua execução parece provir da divisão do trabalho. Para explicar isso, Adam Smith utiliza uma situação que envolve a produção de alfinetes numa indústria.
Um operário não treinado nesta atividade e que não soubesse utilizar as máquinas necessárias mal poderia produzir um alfinete num dia. Mas esta atividade é levada a cabo em fases que constituem ofícios especializados. A produção é dividida em diversas operações que são executadas por diferentes trabalhadores. Cada operário contribui, assim, para a produção de milhares de alfinetes num mesmo dia. Um homem é responsável por puxar o arame, o outro por endireita-lo, um terceiro corta-lo e assim por diante.
Os efeitos da divisão do trabalho são semelhantes em outros setores, embora não possam ser subdivididas e nem reduzidas numa grande escala em muitas delas. A agricultura não admite tantas subdivisões do trabalho como as indústrias, já que a atividade agrícola depende claramente das épocas do ano, sendo sua "produção" mais ou menos favoráveis em determinados períodos. Podemos considerar também que um aumento da capacidade produtiva agrícola não consegue acompanhar de perto um suposto crescimento nas atividades industriais. Um aumento da capacidade agrícola esta diretamente relacionado com a dedicação no trabalho e receita disponível. A divisão do trabalho contribui para um aumento da produtividade pois leva o trabalhador a se especializar em um determinado tipo de atividade. No caso anterior (produção de alfinetes), podemos destacar os trabalhadores cujas funções são de puxar os arames, endireita-los ou até mesmo corta-los. Podemos destacar como principais características da divisão do trabalho a poupança do tempo utilizado para descansos ou transição de tarefas, inovação e utilização de máquinas que simplificam o trabalho e a facilitação na hora de criar máquinas cuja