Reprodutibilidade Técnica
Walter Benjamin foi um filósofo, ensaísta, sociólogo e crítico literário; dentro de seus ensaios destacamos “A OBRA DE ARTE NA ERA DE SUA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA” que foi publicada em 1955 e trata sobre a arte no século XX, mesmo assim, trata-se de uma obra muito atual. Benjamin discorre sobre valor de culto e valor de exposição, ritual e política, valor de eternidade, etc.
Benjamin defende que as mais antigas obras de arte foram produzidas para serem cultuadas. O autor diz que “o valor de culto, como tal, quase obriga a manter secretas as obras de arte.”, no entanto, quando as obras se emancipam desse uso de cunho religioso, passam a ter valor de exposição, Benjamin afirma que quanto maior o valor de culto, menor o valor de exposição e vice-versa. Devido à reprodutibilidade técnica a exponibilidade de uma obra cresceu de forma colossal, até então, aquele que possuía uma obra de arte tinha status dentro da sociedade, porém com o advento da fotografia todos poderiam não só ter acesso, como também possuir a obra que quisessem. Segundo o autor, a mudança de ênfase de um polo para o outro corresponde a uma mudança qualitativa como a que ocorreu na pré-história.
Por outro lado, temos a sétima arte que precisa da reprodutibilidade técnica, afinal de contas, produzir um filme de longa metragem é muito dispendioso e um estudo feito em 1927 calculou que para um longa se tornar rentável, ele precisaria atingir nove milhões de pessoas. Portanto, não apenas se admite a reprodutibilidade de um filme, como ela se faz obrigatória. Arnold Hauser, escritor e historiador da arte, em “A ERA DO CINEMA”,