A reprodutibilidade tecnica e as hqs

Trabalho de Sociologia
A reprodutibilidade técnica e os quadrinhos.

Introdução Devido a revolução causada pela cultura impressa, hoje temos acesso a diferentes maneiras de registrar, recontar e criar histórias, fatos e acima de tudo percepções. A história em quadrinhos ou narrativa visual é foco deste trabalho, que visa analisar como o processo criativo e a hq depois de pronta representam as mudanças que ocorrem na percepção coletiva dos fatos, ou seja, sem a pretensão de determinar as transformações sócio culturais ocorridas nos últimos séculos, usaremos do que é sabido a respeito das mesmas para atribuir à narrativa visual uma imagem que seja justa com sua capacidade de representação e transformação social. Para isso será necessário voltarmos ao período do surgimento e difusão da imprensa, suas consequências para o imaginário popular e para o acesso a diversas percepções de um mesmo fato. Através de uma releitura da teoria cinematográfica de Serguei Eisenstein e com o apoio dos textos escritos por Will Eisner após ter ministrado um curso sobre arte sequencial na Escola de Artes Visuais de Nova York, examinaremos a “estética da Arte Sequencial como um veiculo de expressão criativa” e seu poder de, a partir da disposição de figuras (e textos) representar uma ideia. Os escritos de Walter Benjamin a respeito da arte na era de sua reprodutibilidade técnica serão aqui também citados, pois estes permitirão que se faça uma abordagem sociológica a cerca do tema.

Imprensa e intercambio cultural. O surgimento de um mercado de impressos contribuiu com diversos desenvolvimentos históricos, porém antes de relacionar estes sendo fruto do surgimento de tal mercado, nos atentaremos a alguns traços que diferem a nova da velha maneira de reprodução de materiais escritos neste contexto. A credibilidade na historia oral ainda se mantem antes do prelo, mesmo as elites letradas que habitavam mosteiros ou cidades universitárias do