Religiosas
Ao sociólogo não interessa responder à indagação se a religião é ou não verdadeira; ele se preocupa em analisá-la como fenômeno social que pode ser encontrado em todas as sociedades, a despeito de ser, entre todas as instituições existentes nas sociedades humanas, a única que não se baseia apenas em necessidade física do homem. Tentando explicar este fato, tanto Sumner quanto keller fizeram as seguintes proposições:
a) As instituições consistem em meios através dos quais o homem procura ajusta-se ao seu ambiente.
b) Existem três níveis de ambientes: o natural, o social e o sobrenatural.
c) A instituição religião seria o meio pelo qual o homem se ajusta ao seu meio sobrenatural. O ambiente sobrenatural é obviamente imaginário; entretanto, para os dois autores, o homem, uma vez que incorreu nessa crença de um mundo de espírito e seres super humanos, tem a necessidade de a ele se ajustar, da mesma maneira que o faz com os outros dois ambientes.
Johnson define o sobrenatural como qualquer coisa em cuja existência se acredita, baseando-se em provas não fundamentadas pela ciência. Assim, as entidades sobrenaturais são empíricas e a ciência não pode demonstrar que realmente existem ou não: as idéias religiosa não são científicas. O sobrenatural divide-se em seres (deuses, anjos, demônios, duendes, fadas), lugares (céu, inferno, limbo, purgatório, éden), forças (Espírito Santo, carma - lei hindu de causa e efeito, mana - poder mágico em que acreditam os melanésios), e entidades (almas).
Durkheim, em sua obra As Formas Elementares da Vida Religiosa, definiu a religião como "um sistema unificado de crenças e práticas relativas a coisas sagradas, isto é, a coisas colocadas à parte e proibidas - crenças e práticas que unem numa comunidade mortal única todos os que as adotam".
Teorias sobre a Origem da Religião
Teoria do medo (sobrenatural). Teoria antiga, mais recentemente definida por Muller e Giddings, sustenta que o medo das forças