Religiao
Em setembro de 1870, quando as tropas de Vittorio Emanuelle II, proclamado rei da recém-unificada Itália, subjugaram e anexaram a cidade de Roma, o papa Pio IX enclausurou-se nos muros do Vaticano. A essa altura, o Risorgimento italiano já havia tomado a maioria dos estados papais, e o pontífice, para não se submeter à nova ordem política na Velha Bota, rompeu relações com a monarquia e declarou-se um prisioneiro do poder laico. O mal-estar entre o estado e a Igreja finalmente chegou ao fim em fevereiro de 1929, quando o papa Pio XI e o ditador fascista Benito Mussolini, o "Duce", assinaram o Tratado e o Concordato de Latrão, que determinaram a criação do estado soberano do Vaticano, reconheceram o catolicismo como religião oficial da Itália e ainda garantiram à Santa Sé uma polpuda compensação financeira pelas anexações dos rincões papais. Livre depois de quase seis décadas, é o Santo Padre que agora se esbaldava com seus poderes de chefe-de-estado, literalmente mandando prender e mandando soltar dentro do Vaticano.
O Santo Padre: rádio e jornal próprios Com a garantia da indenização da administração italiana, de 750 milhões de liras, à vista, e de um bilhão de liras em títulos do governo, o chefe da Santa Sé começou a estruturar uma respeitável aparelhagem estatal – boa parte dela, a seu serviço imediato. Já existia um diário oficial, o L’Osservatore Romano, e Pio XI, de acordo com seus assessores próximos, planejava estruturar no futuro próximo uma rádio oficial para alardear o cristianismo e, claro, a palavra papal. O maior candidato para tocar a empreitada foi Guglielmo Marconi.
A Igreja Católica Romana declara que sua origem é a morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo em aproximadamente 30 d.C. A Igreja Católica proclama a si própria como a Igreja pela qual Jesus Cristo morreu, a Igreja que foi estabelecida e construída pelos Apóstolos. É esta a verdadeira origem da Igreja Católica? Pelo contrário. Mesmo uma leitura