Relatorio Determinação do tamanho do grão de estanho em Folhas de Flandres
DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DO GRÃO DE ESTANHO E SUA QUANTIFICAÇÃO EM FOLHA DE FLANDRES
VIÇOSA – MG
NOVEMBRO DE 2013
INTRODUÇÃO
As folhas de flandres, amplamente utilizadas na fabricação de embalagens metálicas, são folhas metálicas compostas por uma camada de aço-base com baixo teor de carbono revestida por estanho, em uma ou em ambas as faces. Entre o estanho livre e o aço base, forma-se uma camada de Ferro/Estanho, que protege diretamente o aço-base da corrosão. O revestimento de estanho nessas folhas, além de aumentar a resistência do material à corrosão, melhora a aparência da embalagem e contribui para sua soldabilidade. A espessura da camada de estanho em cada face da folha pode ser uniformemente distribuída (folha não-diferencial) ou pode ser desigual (folha diferencial), sendo que nesta última existem marcações longitudinais que indicam a espessura de cada camada. Geralmente, essas marcações são feitas em forma de riscos, na camada com maior espessura de estanho, e o espaçamento entre os riscos indica a diferença entre as faces (tabela 1). As folhas de Flandres também podem passar pelo processo de passivação. A passivação consiste na deposição química ou eletroquímica de compostos à base de cromo na superfície da folha, formando uma cama de óxido de cromo acima da camada de estanho livre. Esse processo aumenta ainda mais a proteção contra corrosão, inibe a formação de óxido de estanho, melhora a aderência dos vernizes e impede a sulfuração. A sulfuração ocorre quando metais entram em contato com alimentos sulfurosos, gerando compostos coloridos que prejudicam as características visuais do alimento. Dessa forma, as folhas de flandres passivadas são as únicas recomendadas para acondicionamento de alimentos agressivos (com pH elevado) e sulfurosos. O grau de proteção conferido pelo estanho à embalagem depende não só da espessura da camada, mas também de sua uniformidade e