Relatorio abate clandestino
Realizamos no dia 06 e 12 de maio no Povoado Aldeia do Ondino e em Alto Alegre do Maranhão uma visita aos locais de abates clandestinos com objetivo de conhecer e evidenciar as formas de matança do animal, tendo em vista as condições de materiais utilizados,modalidade de abate, formas de manipulação e a fonte de água utilizada para limpeza da carne e utensílios.
Observamos inúmeras irregularidades com infrações aos diversos artigos da ANVISA, dentre elas destacamos a inadequação do local a falta de equipamentos condizentes com o trabalho realizado e a forma de armazenamento e transporte da carne.
A consequência mais grave desse abate clandestino é a exposição da população aos riscos de doenças, muitas delas graves, como a neurocisticercose. Uma vez que os animais não são inspecionados, suas carcaças são destinadas diretamente ao aproveitamento e consumo humano, sendo que aí se encontra um dos ganhos do abate clandestino: carcaças que seriam descartadas ou condenadas por riscos sanitários.
Nessas visitas presenciamos a morte do boi de forma bruta na qual utilizava métodos que geravam um grande sofrimento para o mesmo, com machadadas na cabeça. Logo após era feita a retirada do sangue com um corte profundo no pescoço,e em algumas situações era feito com o boi ainda vivo, ficando evidente a crueldade dessa modalidade de abate, depois retirava-se todo o coro e iniciava os cortes de forma a preparar a carne para venda,na limpeza utilizavam pedaços de tecidos de roupas velhas e o transporte ate os pontos de venda é feito sobre as carroças a temperatura ambiente.
Com este relatório nos deparamos com a real situação das causas envolvidas da ilegalidade dos abates clandestinos o mesmo que é definido por duas condições básicas: a não fiscalização pelo serviço de inspeção sanitária e a sonegação fiscal, condições essas que muitas vezes ocorrem simultaneamente. Comprovamos em parte que isso é a dura realidade de diversos