Reforma e Contra Reforma
O desencadear do movimento Protestante
Em 1513, o Papa Leão X ordenou uma nova concessão de indulgências (perdão pelas penas devidas pelos pecados) aos fiéis que contribuíssem com dinheiro para a conclusão da Basílica de São Pedro, em Roma.
Martinho Lutero, um monge alemão que considerava esta prática como um simples negócio que nada tinha a ver com a Igreja, criticou publicamente a igreja católica num documento (As Noventa e Cinco Teses contra as Indulgências) que afixou a 31 de Outubro de 1517, na porta da Catedral de Witemberg (Alemanha). Naquele documento, entre outras críticas, Lutero recusava a capacidade do Papa perdoar os pecados, declarando que tal poder pertencia exclusivamente a Deus.
A Formação dos Movimentos Protestantes Lutero foi excomungado e expulso da Igreja católica em 1521, como resposta à sua critica. Assim decidiu iniciar uma nova doutrina religiosa com o apoio dos príncipes alemães, o Luteranismo. Saliente-se que os príncipes alemães ao ficarem com todos os bens materiais da igreja católica no seu território (terras, casas, palácios, igrejas, catedrais, valores e rendas) consideraram vantajosa a proteção de Lutero, pois aumentavam a sua riqueza e livravam-se da influência do papa que concorria com o seu poder.
O Luteranismo defendia a fé como único caminho para alcançar a vida eterna, o contacto direto com a palavra de Deus (a Bíblia foi traduzida para diversas línguas nacionais) e a desvalorização dos rituais. Para Lutero, a Igreja também não deveria possuir bens materiais, que passariam para as mãos dos príncipes alemães.
Em 1536, na Suíça, João Calvino inicia um novo movimento – o Calvinismo – caracterizado por uma doutrina mais radical, defendendo a predestinação. Segundo esta teoria, cada homem, quando nasce, já está predestinado por Deus à salvação ou à condenação.
Em Inglaterra, O rei Henrique VIII, pretende anular o seu casamento com Catarina de Aragão para casar com Ana Bolena.