REFORMA E CONTRA REFORMA
22/08/2010 12:42
Introdução: Em meados do século XVI, durante a passagem do mundo medieval para a Idade Moderna, desencadeou-se na Europa, um conjunto de transformações nas relações de poder, que vão dar inicio a um importante tema na História, que chamamos de Reforma e Contra-Reforma. As Reformas Protestantes contestaram a estrutura e os dogmas da Igreja Católica daquele período. Ocorrida paralelamente ao movimento renascentista e a formação das monarquias nacionais europeias, ela expressou a necessidade de adequação da religião às transformações decorrentes da passagem do feudalismo para o desenvolvimento do capitalismo. Antecedentes: Em toda Idade Média, o grau de intervenção da Igreja Católica era de grande abrangência. O grande número de terras em posse da Igreja concedia uma forte influência sobre as questões políticas e econômicas das monarquias e reinos da época. Neste contexto, a sociedade européia, vivia o medo constante dos castigos reservados aos pecadores “hereges” no inferno. Quem estimulava essa tensão era a própria Igreja Católica, que enriquecia com a venda de indulgências (perdão dos pecados). Além disso, as novas atividades vinculadas à burguesia, principalmente no que se refere à prática da usura (cobrança de juros sobre empréstimo e a decorrente venda de produtos por um preço superior ao preço justo), eram consideradas de natureza pecaminosa a doutrina católica, o que por sua vez freava o desenvolvimento das atividades bancárias e comerciais, prejudicando a alma do negócio burguês. Sob outro aspecto, a grande prosperidade material da Igreja veio acompanhada de uma verdadeira crise de valores e princípios. O comércio de relíquias sagradas, a venda de títulos eclesiásticos e indulgências eram algumas das negociatas praticadas pelos representantes do clero. Além disso, várias denúncias sobre a quebra do celibato e a existência de prostíbulos para clérigos questionavam a hegemonia da Igreja. No Renascimento, as