Reforma e contra reforma
Podemos definir a reforma protestante como o movimento que rompeu a unidade religiosa na Europa Ocidental, dividindo os cristãos europeu em católicos e protestantes. Com isso a Igreja Católica perdeu o monopólio que tinha sobre a religião cristã na Europa, pois esses movimentos reformistas deram origem a novas organizações religiosas, novas igrejas denominadas genericamente de protestantes.
Uma das mais importantes causas da Reforma foi o humanismo evangélico, crítico da igreja da época, uma vez que a igreja havia se afastado muito dos princípios cristãos que são pobreza, retidão e simplicidade. NO século XVI o catolicismo era uma religião de pompa e luxo e ociosidade, houveram críticas em livros como Elogio da Loucura (1509) de Erasmo de Roterdã que se transformaram na base para que Martinho Lutero, um monge agostiniano alemão rompesse com a Igreja católica e fundasse uma nova organização religiosa, a igreja luterana.
Moralmente a igreja estava em decadência: estava mais preocupada com questões politico - econômicas do que com questões religiosas e para enriquecer-se a igreja vendia cargos eclesiásticos, relíquias e principalmente indulgências, a Igreja garantia a comutação parcial ou total das penas pelos pecados em troca de uma soma de dinheiro.
A venda de indulgências na Alemanha foi a causa imediata da crítica de Lutero e de seu rompimento com a Igreja católica. Outro fator importante: início e expansão da reforma foi de ordem política, o processo de afirmação das monarquias nacionais alimentou o sentimento de nacionalidade dos habitantes de uma mesma região que falavam a mesma língua e se identificavam com seu governante. A autoridade do rei que se constituia passou a entrar em conflito com o poder tradicional da igreja, onde se manifestava na arrecadação de taxas e impostos, administração da justiça na nomeação de autoridades religiosas particularmente de bispos. Tudo isso gerou um declínio da autoridade