REFORMA E CONTRA-REFORMA
No fim da Idade Média, a palavra reforma era usada com o significado de purificação interior do crente e de busca da regeneração da Igreja Católica. Mas, a Igreja e o clero não se comportavam de acordo com os ensinamentos de Cristo. Então, não adiantaria reformar-se interiormente se o clero, intermediário entre o crente e Deus, não mudasse também. Era a estrutura da Igreja que deveria ser mudada, não sua doutrina. Os movimentos mais fortes de contestação e ataque a esse estado de coisas da Igreja Medieval ficaram conhecidos como Heresias. Esses movimentos eram constituídos predominantemente por indivíduos pobres, servos e camponeses, que condenavam os privilégios e as diferenças sociais que, segundo eles, estavam contra a lei de Deus e os ensinamentos da Bíblia. Nos movimentos heréticos serão encontradas muitas das idéias que formarão o essencial do protestantismo: que cada fiel interpretasse a Bíblia, a escritura considerada como a única fonte da verdade, o ideal de uma religião simplificada, padres ou pastores mais instruídos e dedicados aos seus fiéis. É importante notar que o Renascimento e a invenção da imprensa por Gutenberg, em 1453, contribuíram para a proliferação do Protestantismo, na medida em que permite a impressão e difusão de livros religiosos, inclusive a Bíblia. Antes disso, poucos exemplares da Bíblia existiam fora das Igrejas e conventos. Agora, qualquer pessoa que tivesse dinheiro