Reforma agrario no Brasil
O objetivo da reforma agrária no Brasil é realizar a distribuição das propriedades rurais, ou seja, de terra para a realização de sua função social. Este processo é feito pelo Estado, que compra ou retira terras de grandes proprietários onde a maior parte aproveitável de seu território não é utilizada, e distribui lotes de terras para famílias pobres.
Segundo o estatuto da Terra, criado no ano de 1964, o estado tem como dever fornecer o direito ao acesso a terra para quem dela utiliza, tanto para viver quanto para trabalhar. Porém isto não é posto em pratica, pois muitas famílias camponesas são mandadas embora do campo e suas propriedades são adquiridas por grandes proprietários.
No nossa país, a distribuição de terras é completamente desigual. Isso iniciou em 1530, com inicio nas capitanias hereditárias e com a distribuição de terra pela Coroa portuguesa, a qual distribuiu a quem possuísse condições de produzir mais, mas este beneficiado teria que pagar a Coroa um sexto de sua produção. Isso deu origem a vários latifundiários. Em 1822, com a independência do Brasil, a demarcação de imóveis rurais ocorreu através da lei do mais forte, resultando em grande violência e concentração de terras para poucos proprietários, sendo esse problema prolongado até os dias atuais.
A realização desta proposta no Brasil é lenta e enfrenta vários obstáculos, entre eles podemos destacar a resistência dos grandes proprietários rurais, dificuldades jurídicas e também o elevado custo de manutenção de algumas famílias, pois essas famílias que recebem lotes de terras da reforma agrária precisam de financiamentos com juros baixos para a compra de adubos, sementes e máquinas, os assentamentos necessitam de infraestrutura, entre outras coisas. Mas, é de grande importância a realização da reforma agrária no país, oferecendo terra para a população trabalhar, aumentando a produção agrícola, redução das desigualdades sociais, democratização da estrutura fundiária,