REFLEXÃO SOBRE O CARATER
Publicado na Edição 14em Vivência Maçônica20 de Dezembro de 20101 comentário
Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres “Albert Einstein”
Até que ponto o homem pode vender-se sem ser prejudicado e sem prejudicar os outros?
Até que ponto pode, impunemente, ferir sua coerência interior dizendo, publicamente, ora uma coisa, ora exatamente o contrário, dependendo da vantagem oferecida?
Quando digo “impunemente” não me refiro a sanções legais, multas ou coisas do gênero. Isso é o de menos! Um bom advogado resolve.
Ao dizer “impunemente” refiro-me ao interior da pessoa, à sua “inteireza” e paz, aquela qualidade das pessoas retas, sábias, coesas, coerentes, “inteiras” também por dentro. Refiro-me, também, ao ônus social gerado por atitudes que sobrepõem a vaidade à verdade, à lealdade, à coerência, à reflexão, à nobreza de caráter.
O grande problema da humanidade, hoje em dia, é de caráter ético, pois socialmente, aprendemos que é preciso fazer o correto, mas na informalidade, criamos a idéia de que não há nada de errado, em levar vantagem em cima de nosso semelhante, e para todas as situações costumamos dar “o jeitinho brasileiro”. Uma vez que é muito comum, todos criticarem a corrupção brasileira, a política brasileira, e esquecerem-se dos pequenos delitos que cometem diariamente, usando a premissa de que os fins justificam os meios.
E é em meio a esta sociedade, mais preocupada em aparecer, do que ajudar o próximo, que surge o desejo exagerado de acumular poder e projeção. E neste mesmo momento, o homem deixa a sua ambição falar mais alto que a ética. Pois se a ética atrapalhar o objetivo de adquirir glória, poder e honras, a tendência é de reduzir o caráter ético, para não frustrar o propósito final.
É preciso ter consciência de que ser ético é tratar as pessoas como gostaríamos de ser tratados. É procurar ajudar mais as pessoas a nossa volta, do que criticar, ou lesionar em momentos