reflexão 1
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
LICENTURA EM GEOGRAFIA
REFLEXÃO DE LEITURA 1
BRUNA RIBEIRO VIEIRA - TURMA 2/ 1 SEMESTRE
Lacoste apresenta a geografia dividida em duas partes: “a geografia dos Estados-maiores” no que se refere ao estudo do espaço e da cartografia, e outra a “geografia dos professores” desacreditada pela maioria, mas idealizada como espaço econômico. Ao referir-se a geografia dos Estados-Maiores e geografia dos professores, que respectivamente, são a geografia critica e a geografia clássica descritiva, onde uma é taxada de status alto e a segunda baixo status perante as camadas de importância da geografia não só de um mas de todos os geógrafos, causando assim uma maior percepção dessa divisão sorrateira e parcial.
Yves Lacoste fala que a Geografia serve em primeiro lugar para fazer a guerra, mas não só a guerra serve para organizar o espaço, organizar os cidadãos no espaço, porém pouca gente sabe disso, poucos sabem que a geografia tem seu poder, ou seja, a Geografia serve para fazer a guerra, mas muito mais do que isso.
Para o autor a “crise da geografia” se origina no conceito de “região”, de La Blache, que fora apoiado pelos historiadores, e assegurava uma geografia apolítica, em decorrência disto, a geografia tomou um caráter enciclopédico, direcionando-se para formação de professores e recusando seu discurso político estratégico, que foi durante muito tempo sua razão de existência. Segundo Lacoste, a “solução” para crise da geografia está na retomada do discurso político e estratégico, na união entre homens – geógrafos ou não – em torno da análise do espaço geográfico onde os fatores econômicos, culturais, geográficos, políticos, entre outros, interferem na vida de cada pessoa. Devemos estar atentos para o fato de que Yves Lacoste, esta analisando a geografia da França, e devido a este fato, podemos somente verificar a ocorrência de certas questões dentro do espaço analisado, pois