reflexao sobre utopia e esperança
O primeiro capítulo do livro trata do acontecimento religioso. Procura explicitar, através do ponto de vista histórico-antropológico, o que é a religião: algo que surge paralelamente às descobertas do próprio ser humano.
Foi na evolução do homem, no decorrer da história, que ela, a religião, tornou-se um sentimento que mostra as necessidades mais profundas da vida: a subsistência, o sentido da vida, a morte, questões existenciais. Portanto segue o desejo do homem pela transcendência.
Não se entende a religião senão profundamente relacionada com o agir e existir daquele que reza, inclina-se, transforma objetos em símbolos e constrói templos.
Em sequência, no segundo capítulo, procura-se identificar a religião como construção imaginária, como utopia. Sua perspectiva é antropológica, principalmente, quando a experiência religiosa é vista como criação do próprio homem numa projeção futuro, numa dimensão “invisível e enigmática”.
O ponto chave nessa parte do livro é a imaginação, mostrando que existe uma diferença entre o homem e o animal, pois, este segundo, possui uma vida interior idêntica ao exterior, já o primeiro, constitui-se de uma vida interior diversa do exterior. O autor também responde à pergunta: “Porque os homens fazem religião?”. Segundo o autor, uma pergunta com várias respostas que são respondidas sem a compreensão e o verdadeiro significado do que é a religião para o homem. Nesta parte, também se apresenta os questionamentos de Comte, Marx, Feuerbach e Freud, os grandes pensadores da religiosidade humana.
Apesar de estar intimamente ligado às expressões da imaginação, o sentimento religioso não desaparece com o desvendar das coisas inexplicáveis feitos pela ciência. Nem mesmo com o mundo mais controlável pela tecnologia, pois o homem ainda sente a necessidade de utopias. Necessita de algo que o faça olhar sempre para frente, que faça com que sua vida mereça