Ideologias e utopias no Brasil
Depois de iniciar uma reflexão sobre ideologias e utopias na situação “real” do Brasil o autor sustenta que mais do que fim, deve-se falar de uma crise das utopias e ideologias, e que esta coincide com a crise geral da modernidade.Que a cada onda de entusiasmo e esperança segue-se o doloroso fracasso, acumulando-se frustrações sobre frustrações.
O clima de ceticismo e esperança domina no país ,que sempre foi sugada pela escandalosa drenagem de riquezas produzida a custa de suor e sangue para o pagamento de juros da divida externa. São os sinais da morte da utopia no Brasil. Muitos sociólogos consideram que por razão da mundialização da crítica científica ou do pragmatismo político, as ideologias estão desaparecendo e não têm mais força.Mesmo elas tendo uma pequena valorização no século 50 elas continuaram tendo sua queda nos anos subsequentes.
Alguns autores consideravam essa queda como apenas uma fase ruim e não como seu fim,cogitando ser possível ascende-las as conhecendo melhor e corrigindo as falhas em busca de superação. Como ideologia e utopia são conceitos polissêmicos, assumindo vários sentidos ao longo da historia, alguns esclarecimentos se fazem necessários no inicio desta reflexão. Os filósofos materialistas franceses a usaram com sentido de “ciência das idéias”,e influenciaram algumas correntes de pensamento como por exemplo o positivismo.
No texto é posto também em questão a ambiguidade da palavra ideologia,e mais pra frente os marxistas usam o sentido pejorativo(a ideologia se refere à análise ou discussão de idéias abstratas que não correspondem aos fatos reais),como corrente ideológica. Basta dar mais um passo para que a ideologia possa exercer um papel social
Foi Thomas Morus quem forjou o termo "utopia" na sua obra Utopia, em 1516. Esse termo apresenta uma dupla composição.A primeira forma de utopia ignora a historia e a segunda forma compromete com a primeira para agir com