Referencial teorico
A sífilis é uma doença infecto contagiosa sistêmica e de evolução crônica, sujeita a surtos de agudez e períodos de latência. Quando não tratada acarreta em vários problemas que podem compreender distúrbios dermatológicos, neurológicos, ósseos e cardiovasculares. O agente etiológico, o Treponema pallidum, é uma espiroqueta de transmissão predominantemente sexual, mas existe também a possibilidade da transmissão materno-fetal (vertical), pois o mesmo presente na corrente sanguínea da gestante não tratada (ou tratada inadequadamente) atravessa a barreira placentária e penetra na corrente sanguínea do feto, causando a sífilis congênita (BRASIL, 2005; KRUGMAN et al., 1994).
Para Silva e Santos (2004) sífilis é a mais grave doença sexualmente transmissível depois da AIDS, uma vez que pode acometer um núcleo familiar inteiro (pai, mãe e recém-nascido). O diagnóstico da sífilis, na ausência de manifestações clinicas, é feito por exames sorológicos. (Magalhães et al., 2011).
A transmissão vertical do T. pallidum pode ocorrer em qualquer fase gestacional ou estágio clínico da doença materna, mas sabe-se que quanto mais recente a infecção materna, maior a espiroquetemia e, consequentemente, maior a probabilidade de infecção transplacentária (KRUGMAN et al., 1994). De modo que as taxas de transmissão de SF estão também diretamente relacionadas a treponemia materna; quanto maior for o número de treponemas circulantes, maior será o risco de infecção fetal. (LORENZE E MADI, 2001, v. 23, p. 647).
Outro fator que pode determinar a probabilidade de transmissão vertical do T. pallidum é a duração da exposição do feto no útero