Reestruturação produtiva
Nos anos oitenta surge o desenvolvimento do complexo de reestruturação produtiva no Brasil. Em seguida nos anos noventa acontece a passagem de um toyotismo restrito para um toyotismo sistêmico. Esse toyotismo sistêmico é caracterizado pela captura da subjetividade operária e, por outro lado, pela preservação da superexploração do trabalho como dimensão estrutural da acumulação capitalista e reprodução da exclusão no mundo do trabalho.
Há uma constituição de um novo, e precário mundo do trabalho, que se caracteriza pela divisão de classe e com isso se desenvolve uma crise do sindicalismo brasileiro.
UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA
É importante destacar uma perspectiva dos surtos de reestruturação produtiva no Brasil pós-1945, ligados ao desenvolvimento e crise do capitalismo industrial.
O primeiro surto se desenvolve nos anos cinquenta no governo Kubitchek, que representa a época do desenvolvimentismo.
O segundo surto ocorreu na época do “milagre brasileiro” na ditadura militar, em decorrência dos impulsos da industrialização.
O terceiro e atual surto, está ligado a época da crise do capitalismo, com um novo padrão de acumulação do grande capital, nos anos oitenta até os anos noventa. Portanto, é a partir do novo surto de reestruturação produtiva, que surge a crise do sindicalismo, sujeito capaz de colocar empecilhos a superexploração do trabalho. Foi então que surgiu o trabalhador em massa com seu potencial contestatório à superexploração o trabalho.
AS BASES DA MODERNIZAÇÃO HIPERTARDIA NO BRASIL
Desde 1930, a expansão do capitalismo no Brasil foi apoiado pelo Estado. O processo de modernização promoveu um desenvolvimento compulsório no setor industrial. Nos anos 50, no governo de Juscelino Kubistschek, ampliou o processo de introdução do capitalismo internacional no país, com inserção do capitalismo brasileiro na nova etapa do capitalismo mundial. O governo formulou um plano de metas, com investimentos