Reestruturação produtiva
A classe trabalhadora, no desenvolvimento do capitalismo, sofreu grandes mutações. No século XXI, no mundo globalizado, tal classe se mostra mais fragmentada, mais heterogênea e ainda mais diversificada. Neste processo é notória a perda significativa de direitos e de sentidos, funcional ao caráter destrutivo do capital.
Nota-se uma significativa expansão no “setor de serviços”, que incorporou operários expulsos da indústria, seqüela do amplo processo de reestruturação produtiva, das políticas neoliberais e do cenário de desindustrialização e privatização. Embora se tenha uma forte absorção pelo setor de serviços, vale acrescentar que as mutações também ocorreram neste setor nos âmbitos organizacionais, tecnológicos e de gestão, que se submetem, cada vez mais, à racionalidade do capital e à lógica dos mercados.
Neste sentido, diversas profissões, atravessaram profundas modificações desde seu nascimento até os dias de hoje, decorrentes da reestruturação produtiva que trouxe alterações no modo de produção de todos os setores.
A partir da década de 70 (com a crise) há uma reestruturação do capital, advindo um novo modo de produção (e trabalho). A crise do Fordismo, com sua produção rigidamente verticalizada, homogeneizada, em massa e cronometrada, estava em voga. A separação entre trabalhador intelectual e trabalho executado no fordismo se evidencia, aquele ficando a cargo de gerencias científicas. O fordismo avançava também no setor de serviços, antes da crise, claro (ANTUNES, 1999, p. 36-37).
Avanços robóticos, microeletrônica e telemática possibilitaram a expansão da cobertura do processo de produção, advindo até o Toyotismo, não mais produzindo em série para um consumo em massa, agora também não mais com um trabalhador homogeneizado e parcial aos montes, agora se reduz a força de trabalho, conseqüentemente esta fica mais polivalente. A produção também se dá de maneira