redução indireta do ferro
O ferro é com certeza o mais versátil dos metais, cuja gama de aplicações estende-se aos próprios limites da imaginação. Em diversas aplicações de diversos materiais, sempre é possível encontrar uma liga que tenha como base o ferro.
Dessa maneira a produção do aço em larga escala tornou-se uma necessidade mundial, notadamente no pós-guerra como o desenvolvimento industrial do mundo.
O desenvolvimento das aplicações ou das qualidades dos diversos tipos de aço ou ligas de ferro em larga escala só foi possível graças a abundância do minério de ferro, sendo na maior parte na forma de óxidos.
Por coincidência o minério de ferro pode ser reduzido num redutor extremamente abundante que é o carvão. Desta forma, passou-se então a desenvolver métodos e máquinas que associassem a esses três elementos:
- Abundância de minério;
- Abundância de carvões;
- Abundância de aplicações;
Os processos de obtenção do aço se dividem basicamente em duas rotas relativas às formas pelas quais o minério de ferro é reduzido: a redução indireta e redução direta. No caso da redução indireta, as temperaturas elevadas levam à fusão da carga metálica e a obtenção de ferro-gusa líquido que, devido ao seu elevado teor de carbono (em torno de 4%), necessita passar por uma etapa posterior de refino para adequação à composição quimica do aço e para a remoção de impurezas como enxofre, silicio e fosforo oriundos do coque e do minério de ferro e que são incorporadas ao ferro-gusa por causa das condições termodinamicas no interior do auto-forno. Nesse contexto, o conceito de redução carbotérmica se enquadra e é definido como a redução quimica de um mineral com o emprego de monóxido de carbono (CO), oriundo de uma substancia carbonácea, geralmente nas formas de coque e carvão vegetal para a produção de um metal.