Redação sobre juventude
O conceito de juventude relativizou-se. Antigamente, jovens eram aqueles enquadrados em uma determinada faixa etária, na qual o estilo de vida e de pensar influenciavam as demais idades. Já atualmente, segundo dito pela psicóloga e colunista Rosely Sayão, ser jovem deixou de ser um estágio da vida para ser um modo de vida. Assim, os pensamentos da real juventude, pessoas dos 18 aos 24 anos, se dissipam para a população de um modo geral, tornando-se uma “juventude generalizada”, facilmente notada em iguais vestimentas e comportamentos. No entanto, as exigências recaem sobre os jovens reais, os que sofrem de maneira direta as pressões exercidas pelo modo de produção capitalista, que prega uma modernidade líquida acompanhada de uma inevitável frouxidão dos laços, laços esses que acabam por moldar-se de acordo com os interesses. Dessa maneira, as relações sociais tornam-se análogas as econômicas: descartáveis, e, a partir dessa descartabilidade, brota uma característica inegável da juventude atual: o hedonismo, visivelmente encontrado nas manifestações brasileiras contra o aumento da passagem de ônibus, uma vez que os manifestantes alegavam que elas não ocorriam “apenas por R$0,20”, mas logo após a redução das tarifas houve o apaziguamento gradativo de tais reivindicações. Assim, grande parte dos jovens querem tudo a curto prazo, perdendo o interesse ou permitindo-se esquecer quando algo demanda tempo e esforço. Por outro lado, a juventude atual possui como traço marcante sua ânsia por prosperidade, gerada pela sociedade de consumo que atua na construção de sonhos. A partir dessa construção se dá a associação entre trabalho e satisfação pessoal, notada nos jovens que chegam ao vestibular anualmente e comprovada por uma pesquisa que revelou que eles não mais buscam apenas questões funcionais, mas seus sonhos são vinculados a uma satisfação profissional. Possivelmente isso se deu graças às mudanças ocorridas de uma