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Vivemos em um país cercado de comemorações e datas sancionadas como feriados. Temos o dia das mulheres, do índio, de Tiradentes e por que não do Negro? Sendo esse dirigido à reflexão sobre a condição racial.

Segundo a Constituição de 1988 todos somos iguais perante a lei. Porém vinte e dois anos após essa determinação deparamos com colapsos a respeito de tal discrição. Em pleno século XXI ainda encontramos cenas de racismo enraizado no cotidiano nacional. São pais que não deixam suas filhas loiras dos olhos claros se envolverem com um pretinho. São vagas de emprego negadas à pessoas de cor escura. Sem falar dos inúmeros delinquentes gerados pela imaginação humana. De fato muitos dizem que não discriminam nem excluem as pessoas de seu convívio pela análise de suas cores. Tentam camuflar e disfarçar seus sentimentos.

Racismo esse que ganha destaque através de datas comemorativas, nomeadas reflexivas. Sem falar das cotas em universidades que são feitas para garantir um lugar para quem é negro. Mas se somos todos iguais por que não comemorarmos o dia do branco? E qual o motivo de se querer atribuir um limite de negros na faculdade?

Enfim, temos que comemorar a liberdade que os tão sofridos escravos negros adquiriram. Aceitar que eles sofreram e que hoje vivem em uma sociedade evoluída. Não adianta estabelecer vantagens que não são igualitárias. Nossos ancestrais erraram, mas é tarde para remediar. Pessoas de todas as raças e etnias apenas querem ser tratadas de maneira neutra. Está na hora de toda a sociedade buscar conhecer de fato todas as pessoas além de suas aparências.