Recreação
Proposta de texto solicitado pela Professora Magda Mulati Gadelli
Fábio Oliveira Santos
Resumo: Neste texto, procuramos discutir o julgamento do ex – Jogador Bruno Fernandes, não discutimos propriamente a posição do júri e a sentença, mas a influencia dos aparelhos midiáticos. Para isso discutimos quatro perspectivas: a “bestialização” social, a linguagem, a ideologia e antropologia. Buscou-se essencialmente os impactos do entorno no julgamento.
1. A Sociedade que não é social: a mídia como fator homogêneo.
A sociedade está cansada, em muitos aspectos, de somente observar os acontecimentos sem uma participação mais efetiva, isso não é algo recente, em relação à - critério meramente especulativo – história brasileira. Segundo Carvalho (2004), mesmo na Proclamação da República, grande parte da população assistiu “bestializado” os acontecimentos daquele momento histórico. Algo que sugere que não foi a população que se encarregou da transição daquele momento, mas foram setores que se encarregaram de construir a realidade, leia-se a impressa, ou a mídia em geral.
Nesse mesmo sentido, Silva (2011), afirma que toda publicação realizada antes e após do golpe da Proclamação, teve um cunho de legitimação da nova forma de governo e também uma espécie de direcionamento de posição do olhar dos antagonistas desse novo regime, não sem razão utilizou-se da tecnologia da época para a divulgação dos ideias, no caso, a mídia impressa. Mais ainda, Bakthin (1997), em seu estudo sobre os gêneros discursivos, aponta que a linguagem é algo que se utiliza para comunicação e que se deve considerar, essencialmente, o receptor e o contexto, evidentemente, isso é para adequar a mensagem ao destinatário, no caso, o leitor, o ouvinte ou o telespectador.
No mesmo sentido que apontamos, percebe-se que a adequação do discurso conduz o olhar e a reflexão dos sujeitos do discurso.
O direcionamento do olhar, em alguns aspectos, aproxima-se da