recreaçao
A concepção de recreação como atividade dirigida para o entretenimento, para a conquista da satisfação, não é menos importante do que o exercício do trabalho cotidiano, do ponto de vista psicossocial, uma vez que há, dentre outras, profundas conotações educativas, antropológicas e sociais subjacentes ao seu processo.
A recreação favorece a interação no contato social, além de ser um meio dos indivíduos exercerem a sua reflexão criativa e de absorverem, da convivência humana, sugestões e pistas para uma ação renovadora, no meio social. Ela pode constituir-se, inclusive, num modo de articulação entre jovens e crianças, que juntos poderão descobrir que brincando
Também se aprende a pensar, a conviver e a querer bem a si mesmo e aos outros.
A brincadeira pode ser vista como um meio para descoberta de valores da estética e da ética, para descoberta da natureza e desvelamento da consciência do homem enquanto parte desta natureza. Poderá ser identificada como um campo favorável à formação humanista de jovens e crianças, à medida que lhes possibilita encontrar explicações interiores para sua vivência, atribuindo-lhe valores. Juntos, jovens e crianças poderão desenvolver, por seu intermédio, a capacidade de observação, de adequação, de criação e recriação com dados reais do ambiente em que vivem, e com isto elaborarem uma visão mais global do processo produtivo de suas ações e não apenas do produto delas.
Aplicando as idéias de Savini(1991), não se pode perder de vista que a brincadeira é atravessada pela história social e que esta se faz no convívio de sujeitos reais, que disputam espaços, que brigam por idéias, que afirmam ou negam o saber socialmente construído, que democratizam o poder ou que reforçam autoritarismo. Como prática social, a brincadeira reflete jogos de adesões, de resistências, de enfrentamentos, contribuindo, dessa forma, na definição de um modo concreto de pensar.
Ditadas pelas necessidades