Recensão crítica ao mundo de ulisses
Nota introdutória ao autor
Finley Moses, um dos maiores helenistas do século XX, destaca-se na criação de obras relacionadas com o Mundo Antigo, tendo maioritariamente como ponto de foco a sociedade grega. Caracteriza-se como sendo um dos melhores especialistas em História Antiga, sobretudo em aspectos socio- económicos da Antiguidade Clássica.
De entre as obras publicadas destaca-se, O Mundo de Ulisses, obra sobre a qual me debrucei e que agora recai numa recensão crítica.
Considerações sobre a obra
A obra em questão, publicada em 1954, é considerada pelos Historiadores como uma das mais importantes sobre a história da Grécia em formação. Consiste num relato conciso e penetrante da sociedade que deu à luz a Ilíada e a Odisseia, obras que nos fornecem uma imagem nítida do conhecido Mundo Obscuro grego.
Historicamente, O Mundo de Ulisses, situa-se nos séc. X e IX a. C., aquando do início da formação da história grega, propriamente dita. Contudo, e com a existência de fragmentos dispersos, alguns antigos, outros mais modernos no caso da Odisseia, acredita-se que pudesse ser o reflexo da própria época do poeta. A referente obra encontra-se dividida em cinco distintos capítulos.
Resumidamente, o primeiro capítulo, Homero e os Gregos, traduz o que seria o mundo dos gregos. Menciona a escrita, a importância do poeta Homero e a possibilidade da Ilíada e a Odisseia pertencerem a diferentes autores. Refere ainda, que em 1963, metade dos papiros gregos do Egipto pertenciam às mesmas.
No segundo capítulo, Aedos e Heróis, o autor justifica o motivo pela qual considera que o Mundo de Ulisses não esteja inserido na Idade Micénica ou o mundo em que Homero vivia – o já referido Mundo Obscuro.
Riqueza e Trabalho, que diz respeito ao terceiro capítulo, centra-se na estrutura de classes. As classes mais influentes e ricas pertencem aos reis e senhores nobres. Para além dos cidadãos, a quem se aplicam as várias